O Exército demonstrou ontem, dia 19, no Depósito Geral do Material do Exército, em Benavente, as suas capacidades logísticas em situações de catástrofe, com um simulacro de um sismo no Vale do Tejo.
Na presença do ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, e do Chefe do Estado Maior do Exército, general Pinto Ramalho, foi feita uma demonstração do apoio que pode ser prestado pelo Exército no caso da ocorrência de uma catástrofe, neste caso de um sismo que "afetou" a Área Metropolitana de Lisboa, provocando "centenas de mortos e feridos" e milhares de desalojados.
No campo montado para a demonstração de hoje foi instalada uma área de apoio sanitário, com um hospital de campanha, farmácia e equipa de emergência biológica, e uma área de alojamento e serviços, com três blocos para alojamento (com capacidade para acolher 1.200 pessoas), refeitório, comando e apoio.
O Quartel Mestre General (comandante da logística), Joaquim Monteiro, frisou que a criação desta unidade responde a uma orientação para o biénio 2010/2011 no sentido de o Exército conseguir dar resposta a situações de catástrofe, em articulação com a Autoridade Nacional de Proteção Civil.
Conscientes das valências e potencialidades que o Exército pode disponibilizar neste domínio, foi estudado pelo Comando da Logística "um modelo integrador das suas capacidades" que resultou na Unidade Logística de Emergência hoje apresentada, disse.
"Numa época marcada por sucessivas catástrofes naturais em todo o Mundo, esta unidade assume particular destaque, podendo materializar uma resposta autónoma do Exército a cenários de emergência e catástrofe, potenciando a sua capacidade de intervenção em favor das populações atingidas", acrescentou.
O ministro da Defesa Nacional considerou "absolutamente essencial" que o país esteja preparado do ponto de vista da logística para "fazer frente" a situações de emergência, catástrofe e calamidade, sublinhando a importância de o Exército estar preparado para intervir na "sustentação da proteção civil e na promoção do desenvolvimento e bem estar das populações".
Depois do simulacro, que se seguiu a uma parada que contou com o desfile de 66 viaturas, com idades entre os 10 e os 33 anos, recuperadas nas Oficinas Gerais de Manutenção e Engenharia (OGME), a comitiva foi visitar os terrenos onde será futuramente instalado este serviço.
Fonte: SIC
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