O presidente da Proteção Civil, Arnaldo Cruz, admitiu recentemente cortes na ordem dos 20 por cento para o combate aos incêndios florestais, com destaque nos meios aéreos habitualmente disponibilizados, mas assegurou estarem reunidas as condições para erguer um dispositivo igualmente eficaz este ano.
Já Rui Pereira recordou que, a 7 de abril, o Conselho de Ministros aprovou uma despesa de 12,9 milhões de euros para a aquisição de serviços de disponibilização e aluguer de meios aéreos destinados ao combate aos incêndios florestais.
O ministro referiu ainda que o combate aos incêndios faz-se também através de outros meios, como viaturas terrestres, mas sobretudo os "10 mil homens e mulheres dispostos a dar o seu melhor na fase mais complicada (fase Charlie)".
Sobre a conclusão a que chegou o congresso da ANBP da necessidade de mais efetivos nos bombeiros profissionais, o governante afirmou que concorda que é "necessário elevar o número de elementos profissionais na proteção civil", já que a proteção civil é "uma missão de soberania no âmbito administração interna e um direito fundamental dos portugueses que não podemos descurar".
O responsável lembrou ainda o trabalho que tem sido feito nos últimos anos de "progressiva profissionalização do setor", como a criação da força especial de bombeiros 'Canarinhos', e acrescentou que esse esforço deve continuar.
"Para enfrentar desafios mais complexos, sabemos que é necessário reforçar a dimensão profissional da proteção civil", disse.
Durante o discurso na sessão de encerramento do congresso da ANBP, Rui Pereira lembrou ainda a possibilidade aberta pelo atual ciclo do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) de investir 200 milhões de euros na proteção civil até 2013, o qual será fundamental para "modernizar o sistema de proteção civil".
Questionado pelos jornalistas sobre quando estará concluído o processo disciplinar ao comandante operacional nacional da Protecção Civil, Paulo Gil Martins, "suspenso preventivamente" de funções desde março por suspeita de desvio de verbas no organismo, Rui Pereira afirmou que não consegue dar um prazo, pois "o processo está em curso no âmbito da Inspeção-Geral da Administração Interna que é um organismo dotado de autonomia interna".
Além disso, acrescentou, "existe um comandante nacional nomeado e é com ele que contamos para desenvolver os nossos esforços".
Fonte: SIC
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