Temos capacidade de resposta até um certo limite de fogos. Passado esse limite são vidas humanas que estão em risco", começa por explicar Rui Silva, presidente da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, que alerta para uma capacidade de resposta a incêndios florestais limitada, este ano, a 250 a 275 ignições por dia.
Números que estão contemplados no plano deste ano da Autoridade Nacional da Protecção Civil, mas que ficam muito aquém da realidade. No ano passado, no período do Verão, houve muitos dias em que se registaram mais de 400 ignições.
Para além dos cortes orçamentais, já anunciados, "as condições climatéricas, este ano, serão particularmente propícias à ocorrência de fogos". Rui Silva diz que o problema de uma resposta eficaz no terreno "é a má articulação logística da Autoridade Nacional da Protecção Civil. O que agora se faz é brincar aos fogos". Mas há outros problemas, como a falta de equipamento de protecção individual: "Continuamos a operar no terreno com equipamento de algodão com mais de vinte anos", denuncia Rui Silva.
Tentando dar resposta, a Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, com o patrocínio de uma empresa espanhola, vai dar um curso de segurança em frente de fogo a 40 bombeiros e distribuir equipamentos novos.
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