Mais de 350 crianças assinalaram o Dia da Protecção Civil. Entidades explicaram a importância do trabalho feito junto da comunidade.
João Fonseca aprendeu que os sapadores florestais são muito importantes, porque “limpam o mato e apagam fogos”. O aluno do 3º ano da Escola Básica (EB) 1 de Feira Nova, de S. Mamede do Coronado, ficou a saber que nesta profissão pode ver-se um sem número de animais: “Raposas, esquilos, sardaniscas, sardões…”.
Mas também os bombeiros têm um papel importante para garantir o bem-estar da comunidade, considera o colega Luís Fernandes. São eles que “apagam os fogos” e “até ajudam as grávidas que têm os bebés dentro das ambulâncias”.
E o André Moreira tem medo da polícia? “Não, porque não faz mal a ninguém”, responde. E completa: “Prende os ladrões e faz a vigilância na rua”. A lição ficou bem estudada na quinta-feira, numa “aula” que teve como pano de fundo o monte de S. Gens. O Dia da Protecção Civil (1 de Março) foi comemorado com algum atraso, devido ao Carnaval, mas nem por isso ficou esquecida a importância das entidades que trabalham todos os dias para garantir a segurança das pessoas e a preservação do ambiente.
A esta turma do 3º ano juntaram-se outras da EB 1/JI de Portela, EB 2/3 de S. Romão do Coronado, EB1/JI de Quereledo, APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) da Trofa, EB 2/3 de Alvarelhos, EB1/JI de Vila, Colégio da Trofa e EB2/3 Professor Napoleão Sousa Marques. Foram mais de 350 os alunos que conheceram de perto a actividade dos sapadores florestais, através de uma acção de demonstração da Associação de Silvicultores do Vale do Ave e da Brigada Municipal de Intervenção Florestal da Trofa, e dos bombeiros, com o testemunho e algumas explicações dos elementos da corporação trofense. A protecção do ambiente também esteve em destaque e, através de jogos lúdicos, as crianças aprenderam a separar os resíduos.
E se uns ficaram surpreendidos com o trabalho dos sapadores florestais e dos bombeiros, já o pequeno André Ferreira, do Jardim-de-infância de Feira Nova, aprendeu como “se deve atravessar a estrada” depois de ver um filme do projecto “Escola Segura”.
A presidente da Câmara Municipal da Trofa, Joana Lima, detém o pelouro da Protecção Civil e considera que a campanha de sensibilização “é uma aposta no futuro”. “É muito mais fácil implementar-lhes uma nova mentalidade através desta acção, que está a ser feita neste monte tão importante, pois é um dos pulmões verdes do nosso concelho”, explicou.
A autarca considera que as crianças “são veículos de transmissão de mensagens”, pelo que “chegam a casa e passam-na aos pais, avós e irmãos”. “É muito importante termos uma consciência ambiental e de protecção civil”, sustentou.
O 2º comandante distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) esteve na Trofa e elogiou a realização desta iniciativa. Alberto Costa elogiou a realização desta campanha de sensibilização, que vai de encontro à necessidade de “levar a imagem de prevenção e cultura de segurança aos mais novos”. Considerou ainda que a Câmara Municipal da Trofa “tem feito um bom trabalho” no capítulo da Protecção Civil. “Tem dado passos consistentes, devagar, mas tem feito um bom trabalho nesta área e esta iniciativa é um exemplo disso”, acrescentou.
Lançado Concurso “Mascote”
Paralelamente à iniciativa, foi apresentado o Concurso “Mascote”, dirigido a todas as escolas do concelho, que desafia à criação de uma mascote que será “o rosto” dos clubes de Protecção Civil da Trofa.
Para Joana Lima, esta é mais uma forma de “mobilizar as crianças a participar activamente no futuro do concelho”.
Este concurso está previsto na Candidatura ON 2 denominada “Sistema de Prevenção e Gestão de Riscos Naturais e Tecnológicos do Concelho da Trofa” e inserido no Programa Educativo – Clubes de Protecção Civil do ano 2011.
O Sistema tem como objectivos “a avaliação da probabilidade de ocorrência de fenómenos perigosos, a avaliação da vulnerabilidade a perigos e a criação de instrumentos de âmbito municipal, destinados a suprir as lacunas existentes tanto na área da protecção civil como do ordenamento do território”.
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