São Paulo - Mais de 20 mil pessoas tiveram de deixar suas casas e buscar abrigos públicos ou em casas de parentes e amigos devido às fortes chuvas que atingiram o Sul do país desde a última quinta-feira. No total, 11 mortes foram confirmadas na região, por afogamento ou soterramento. No Paraná, a Defesa Civil confirmou duas mortes por soterramento no sábado, após deslizamento de terra sobre casas no município de Antonina. Uma pessoa segue desaparecida em Morretes.O litoral paranaense ficou isolado no sábado. A BR-277 esteve interditada desde a sexta-feira. A pista em direção a Curitiba só foi liberada às 15h de ontem e, no sentido do porto de Paranaguá, a liberação será por etapas. Uma cratera de 10 metros se abriu no km 13 da rodovia e quatro pontes foram danificadas. Caminhões que se dirigiam ao porto enfrentam um longo congestionamento.
De acordo com boletim da Defesa Civil do Paraná, divulgado na manhã de ontem, quase 10 mil pessoas tiveram de deixar suas casas. Chegam a 2.655 as residências danificadase 8.380 pessoas estão desalojadas e buscaram abrigo na casa de parentes e amigos. Sem ter para onde ir, outras 925 pessoas estão desabrigadas e necessitam de abrigos públicos. Sete municípios paranaenses foram atingidos pelas chuvas: Antonina, Morretes, Guaratuba, Paranaguá, Mangueirinha, Honório Serpa e São José dos Pinhais. A situação é mais difícil nas cidades do litoral do estado.
Em Santa Catarina, 16 cidades foram atingidas pelas fortes chuvas e os maiores estragos foram registrados no litoral e Vale do Itajaí. O município de Rio dos Cedros decretou estado de calamidade pública e Schroeder entrou em situação de emergência. Ontem, a Defesa Civil catarinense incluiu na lista de municípios afetados Palhoça, Camboriu, Guabiruba, Biguaçu, Santo Amaro da Imperatriz e Antonio Carlos. Foram registrados danos em 4.607 residências no estado - 10.671 pessoas estão desalojadas e 420 estão desabrigadas. O maior númeo de pessoas que tiveram de deixar suas casas foi registrado em Joinville, onde choveu forte na quinta-feira. Sete mil e duzentos moradores ficaram desalojadas, e outros 25 procuraram atendimento do setor público.
No Rio Grande do Sul, metade do município de São Lourenço do Sul ficou submerso e nove pessoas morreram, oito por afogamento e uma por infarto, no momento do resgate. A maioria das vítimas eram idosos, que não conseguiram deixar suas casas. Moradores se refugiaram nos telhados das casas e tiveram de ser retirados com a ajuda de helicóptero.
A Prefeitura de São Lourenço do Sul decretou estado de calamidade pública. No total, 15 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas. O município de Turuçu decretou situação de emergência: 100% de sua área foi afetada e 50 residências foram danificadas. O município tem 200 desabrigados e 200 deslocados. No Rio Grande, 12.134 residências foram danificadas, mas o número de desabrigados é apenas seis. Outras 198 pessoas foram para casa de parentes e amigos e, por isso, são classificadas como deslocadas ou desalojadas.
Em Arroio do Padre, 15 casas foram destruídas e sete danificadas e 35 pessoas estão desabrigadas. No município de São Francisco de Paula, 115 residências ficaram danificadas.
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